One thing that we all love to do yet we usually dont know how to do is speak about ourselves. We all have a picture of what we are being that this visualization of ourselves which we have is nothing more than a grouping of how others see us (and sometimes not even that!). We describe ourselves as hardworking just because our job strains us and at the end of the day it seems like a truck ran over us, we modestly tell others we consider ourselves good looking but deny to say that when we look ourselves in the mirror we see a knockout sure to make all onlookers turn their heads in our direction (but no, we won't ever say that as then we "se acha"), in our heads we are good citizens just because we pay our taxes, monthly house bills, and sometimes a friend's dinner bill as well. But all of this doesn't mean anything at all and Martha Medeiros leaves that clear in this book of hers. We all have many, many facets, personalities and characters inside ourselves.
Sometimes I am European - calm, quiet, elegant and refined. On other days I am wild, loud and confusing - so very Mexican I would say. I can be a lady, mother, business woman, child or a clown. Other days I am burlesque, a bitch, a courtesan, a thieving mind, a spy, a madwoman as well. Sometimes I find myself a maid, a slave, a tender woman, a submissive wife, a shy Lolita, a nymphet - I wont say more as it gets promiscuous. Others now say I am quite the boss, the owner, the leader of the group, the serious CEO. These are all parts of me and nothing more, nothing less. I am an intricate puzzle - so puzzling it is startling - even violent. And to look into myself and discover all of this, describe all of this is the largest task. It is so large it turns my head, spins my mind and confuses my very soul.
This is what "Diva" does to us. The whole book is a woman sitting on her shrink's couch and baring her soul to him. All of it. From her sexual desires, boring married life, what she considers as true friendship, thoughts on death, that sudden passion that out of nowhere creeps on us - everything which happens in that thing...what was it really? Ah yes, what we call "life".
Didn't understand half of what I said? Try reading the book - if you are a woman - understanding comes easily.
Book Review:
Cronista consagrada no sul do país, admirada por intelectuais e poetas, Martha Medeiros, que já vendeu 50 mil livros, combina irreverência e lirismo em textos curtos e contemporâneos. Autora de 11 livros, a autora faz sua estréia na ficção com DIVÃ.
Na verdade, o mundo inventado por sua protagonista é abertamente inspirado na realidade que ela captura em suas deliciosas crônicas. DIVÃ conta a história de Mercedes ? uma mulher com mais de 40, casada, filhos ? que resolve fazer análise. O que começa como uma simples brincadeira acaba por se transformar num ato de libertação; poético, divertido, devastador. Marinheira de primeira viagem em terapia, a personagem encara o consultório como se fosse uma espécie de alfândega que vai dar o visto para ela passar para o lado mais oculto de sua personalidade.
Ao deitar-se no divã, Mercedes não hesita em alertar o terapeuta: "Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção. Num piscar de olhos fico terna delicada. Acho que sou promíscua, doutor Lopes. São muitas mulheres numa só, e alguns homens também. Prepare-se para uma terapia de grupo."
Dona de um texto simples e brilhante, Martha nos seduz com uma narrativa envolvente e catalizadora. O leitor que a princípio se transforma numa espécie de voyeur, é levado por espiral de acontecimentos reveladores. Ao final da leitura se vê cúmplice das loucuras, conflitos e questões existenciais da personagem, e se dá conta que ele também, em vários momentos, estava deitado em seu próprio divã.
Mercedes é uma mulher que se parece um pouco com qualquer mulher. Divertida, pragmática, inteligente e sim, por que não? superfeminina. É do tipo corajosa, daquelas que não têm medo de nada. Capaz de administrar bem a casa, os filhos, o marido e até mesmo seus ataques de vaidade. Ela nos parece muito segura de si, daquelas que possuem controle sobre tudo. Será?
Ao se deitar naquele divã, Mercedes se dá conta de suas armadilhas cotidianas. Ao entrar neste jogo catártico, ela nos confidencia que a liberdade é atraente quando nos parece uma promessa, mas pode nos enlouquecer quando se cumpre.
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